Fundado por El-Rei D. Dinis, em finais do século XIII, (1295), na Quinta de Vale de Flores em Odivelas, foi construído entre 1295 e 1305. Segundo a lenda, em cumprimento de uma promessa pela salvação da sua vida numa luta com um urso. O Mosteiro foi doado às monjas Bernardas da Ordem de Cister. de estilo Gótico Primitivo, o Mosteiro sofreu alterações significativas nos reinados de D. João IV (1604-1656) e D. João V (1689-1750), mas foi a reconstrução efetuada após o terramoto de 1755 que alterara profundamente a traça primitiva do edifício. Do estilo gótico restam apenas a cabeceira da igreja, constituída pela capela-mor e duas capelas laterais. No interior destacam-se os túmulos góticos: o de D. Dinis (primeiro exemplo português que introduz a monumentalidade na tumulária portuguesa. Data do séc. XIV e é um dos monumentos fúnebres mais belo do gótico português), e outro atribuído a um seu descendente. O Mosteiro tem ainda dois claustros: o Novo e o da Moura, este com uma fonte do séc. XVII. Em 1888 na sequência do Decreto de 1834 (extinção das Ordens Religiosas), e da Lei de 1862 (desamortização dos bens das freiras), o Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo encerra definitivamente. No ano de 1900, o Infante D. Afonso, irmão do Rei D. Carlos, funda o Instituto de Odivelas, estabelecimento de ensino dependente do Estado-Maior do Exército. Monumento Nacional por Dec. de 16/06/1910. Visitas temporariamente indisponíveis.
Denominado por Padrão do Senhor Roubado, o monumento, datado do séc. XVIII, situa-se entre a Rua do Senhor Roubado e a Rua Pedro Álvares Cabral, em Odivelas. Edificado entre 1744 e 1745, constitui-se como um símbolo expiatório do “sacrílego furto” ocorrido na Igreja Matriz de Odivelas. “Ao tal largo se chama O Senhor Roubado, por causa de uma capella que ali está, da invocação de Senhor Roubado. A origem d´esta capella e do seu título, é a seguinte … Na noite de domingo para segunda-feira, 10 para 11 de Maio de 1671 …” (LEAL: 1875, 128) são roubados objetos de culto da Igreja Matriz de Odivelas. O roubo é atribuído a António Ferreira, um trabalhador rural, que foi apanhado a roubar galinhas no Convento de Odivelas. Encontraram no seu bolso uma cruz, de prata, que identificaram com sendo do remate do vaso sagrado furtado da igreja. Monumento arquitetónico de caráter religioso, desenhado, traçado e executado por Frei António dos Santos Prazeres, integra-se na arquitetura religiosa barroca. Na face ocidental, uma parede revestida a azulejos monocromáticos, construídos provavelmente entre 1745 e 1747, pretendem contar através de azulejos a história de António Ferreira em doze quadros ou painéis historiados, cada um composto por 72 azulejos, com legenda explicativa sobre o roubo. Imóvel de Interesse Público desde 1948, Dec. Lei n.º 37077 de 29 de Setembro de 1948
O Memorial (também conhecido por “cruzeiro”), situa-se no centro histórico de Odivelas, no local que foi a entrada do velho burgo, é uma das obras mais interessantes do Gótico em Portugal. Fica localizado a escassos duzentos metros do antigo Mosteiro, orientado no sentido Sudoeste-Nordeste, uma das faces voltadas para Lisboa, outra para o Mosteiro.Monumento da época diocesana, é construído em calcário Lioz, extraído das pedreiras de Trigache – Famões. Compõe-se de três partes essenciais: base, dupla arcaria sobreposta e coroamento, organizadas em duas faces dominadas pela verticalidade. Na face Noroeste, o escudo português medieval, usado na Armaria até ao reinado de D. Fernando. Remata o monumento uma cruz, constituída por quatro semicírculos, formando um florão, semelhante a outros que aparecem em monumentos portugueses do séc. XIV. A incerteza mantém-se quanto à sua origem e significado, pois as explicações dividem-se entre ter sido erguido para nele repousar o corpo de D. Dinis, falecido em 1325, no caminho que o levaria à igreja do Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo, onde o seu túmulo o esperava, ou para D. João I ao ser transportado de Lisboa para o Mosteiro da Batalha, em 1433. Ou ainda, tratar-se-ia de um padrão de couto demarcando limites territoriais na área jurisdicional do Mosteiro, ou um local de portagem, tendo objetivos fiscais de cobrança do imposto de barreira da coutada. Monumento de interesse Nacional por Dec. de 16/06/1910 e Lei nº 50 de 01/03/1955.
Mesquita Aisha Siddika de Odivelas